(Agência Brasil)
Fiscais do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) flagraram 3.750 pacotes de arroz “falsificado” em duas empresas e precisaram recolher 18.750 kg do produto. Os detalhes foram divulgados na primeira semana de dezembro e revelam um esquema de adulteração das embalagens para forjar a qualidade dos grãos.
Foram duas ocorrências. No primeiro caso, em São José do Rio Preto, a fiscalização do Mapa encontrou 6.600 kg de arroz do tipo 5 embalado como tipo 1. Na classificação oficial, que vai de 1 a 5, quanto maior o número, mais imperfeições são encontradas no alimento. No tipo 5, são tolerados 45% de grãos quebrados, percentual que baixa para 7,5% no tipo 1. Na ação, foram recolhidos 1.332 pacotes de 5 kg.
Em uma empresa sediada no Rio Grande do Sul, o Mapa encontrou outros 2.418 pacotes, com 12.090 kg, de arroz do tipo 3 e “fora de tipo”, classificação que indica excesso de grãos quebrados, também identificados na embalagem como tipo 1. Em um dos casos, o percentual de grãos quebrados chegava a 53,54%, isto é, sete vezes acima do permitido pelo ministério para classificar o arroz tipo 1.
O órgão só divulgará o nome das empresas após o encerramento do processo administrativo contra elas, após o qual elas podem ser multadas. Elas terão a oportunidade de requerer análises periciais do produto. Caso seja comprovada a adulteração, as empresas serão obrigadas a substituir os lotes não conformes.
Há duas semanas, o Ministério havia divulgado adulteração também em pacotes de arroz que somaram 10,5 mil quilos, encontrados em uma rede atacadista em Araraquara, também no interior de São Paulo, também com origem no RS.
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