A um custo aos cofres públicos (nossos bolsos) de R$ 5,1 bilhões, o Ministério Público Federal engrossou o movimento por reajuste salarial. De acordo com informações do jornal “O Estado de S. Paulo”, antes mesmo de o Supremo Tribunal Federal (STF) aprovar uma proposta de correção de 18% no salário dos magistrados, o Conselho Nacional do Ministério Público Federal havia referendado, na semana passada, um projeto com correção de 13,5% para procuradores e promotores.
A desculpa, sempre aquela esfarrapada, é a mesma: procuradores e servidores do MPU levaram a Aras a necessidade do reajuste de 18% por causa do chamado “princípio da paridade”, que impõe a necessidade de o Judiciário e o Ministério Público terem vencimentos equiparáveis.
Ainda segundo o “Estado de S. Paulo”, a proposta de aumento de 13,5% havia sido aprovada pelo Conselho Superior no último dia 5 de agosto, na expectativa de que o Supremo determinasse o mesmo porcentual para os seus quadros. Os ministros da Corte, no entanto, acabaram apresentando ao Congresso um valor maior.
Continua a reportagem: “Tanto o reajuste dos salários do STF como a proposta do MPU precisam de aprovação no Congresso. Para o diretor executivo do sindicato dos servidores do MPU, Adriel Gael o fato de o STF ter previsto um reajuste de 18% para os ministros e os funcionários do Poder Judiciário abriu caminho, pelo princípio da paridade”.
Parafraseando meu colega Ricardo Feltrin, que desabafou lá no Twitter, “O Brasil é um sistema de castas. Três castas: a pública, que se auto concede aumentos indecentes; a nobreza, que mama nas tetas do governo e / ou é corrupta; nós, o resto. Uma gentinha sem empatia pra miséria de milhões de brasileiros, pro assalariado. O que importa pra essa laia é “primeiro o meu bolso”, o da minha patota. ‘Ainnn estamos seguindo a lei’. Seguem lei escrota que inventaram para beneficiar a si mesmos no alto escalão das castas (Judiciário, MPs, Alto Comando) eu acho criminoso. R$ 35 mil, R$ 40 mil + penduricalhos milionários não bastam. Querem reajustes acima da inflação”. Ponto de exclamação.
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