Polêmica em Paris! Nesta semana, o chefe do sistema de hospitais da capital francesa, Martin Hirsch, deu início a um acirrado debate ao questionar se as pessoas que se recusam a ser vacinadas contra a COVID-19 devem continuar a ter seu tratamento coberto pelo seguro público de saúde.
De acordo com o atual sistema de saúde universal da França, todos os pacientes com COVID-19 que acabam em terapia intensiva têm cobertura total para seu tratamento, o que equivale a cerca de 3 mil euros por dia e dura, em média, de uma semana a 10 dias.
“Quando medicamentos gratuitos e eficientes estão disponíveis, as pessoas deveriam poder renunciar a eles sem consequências enquanto lutamos para cuidar de outros pacientes?”, questionou Hirsch durante coletiva de imprensa.
Em resposta aos jornalistas, o francês disse que levantou a questão porque os custos de saúde estão explodindo e que o comportamento irresponsável de alguns não deve comprometer a disponibilidade do sistema para todos os outros.
A proposta de Hirsch, entretanto, esbarrou na rejeição de vários profissionais de saúde do país e também da prefeita de Paris, Anne Hidalgo. Políticos de extrema-direita também pediram a demissão do chefe do sistema de saúde, o que foi acompanhado por uma hashtag que bombou entre os usuários franceses do Twitter.
Já o Ministro da Saúde da França, Olivier Veran, não comentou a proposta de Hirsch, mas Olga Givernet, legisladora do partido LREM do presidente Emmanuel Macron, disse na BFM TV na última quinta-feira (27) que “a questão levantada pela comunidade médica não pode ser ignorada”.
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