Uma nova pandemia assusta a China após o drama do coronavírus. Agora trata-se da ostentação sem limites propagada por milionárias chinesas nas redes sociais. O assunto tem rendido tretas intermináveis no país asiático e, tudo indica, não há imunizante disponível para conter a praga.
Tudo começou após Su Mang, ex-editora-chefe da revista Harper’s Bazaar China, revelar durante um reality show que gasta cerca de R$ 520 reais por dia com uma refeição, enquanto a maioria do povo chinês sobrevive com R$ 24.
“Temos que comer melhor, não posso comer com um padrão tão baixo”, disparou a mulher no programa em que 15 celebridades dividem a mesma casa. Os comentários de Su, mais conhecida como “O Diabo da China Veste Prada”, chocaram os internautas e o bafafá por lá segue tinindo.
O altíssimo padrão de vida de Su Mang, entretanto, é apenas um entre os milhares que destoam da atual realidade do país. No início do ano, por exemplo, outra figura pública chinesa causou destempero geral no país ao dizer que teria “batalhado muito para chegar aonde está”. A frase, de autoria de Annabel Yao, a filha mais nova do fundador da gigante de eletrônicos Huawei, Ren Zhengfei, enfureceu o povo.
“Nunca me tratei como uma chamada ‘princesa’ … Acho que sou como a maioria das pessoas da minha idade, tive que trabalhar muito, estudar muito, antes de poder entrar em uma boa escola”, enfatiza a moça em um documentário no qual ela anuncia sua carreira como… CANTORA.
Outro exemplo de polêmica no país ocorreu no mês passado, quando a atriz Zheng Shuang revelou que recebia cerca de 2 milhões de yuans por dia (R$ 1,6 milhão) por um papel na TV, o que totaliza 160 milhões de yuans (R$ 128 milhões) por projeto.
Muita gente, claro, tem classificado o surto coletivo de ira contra as milionárias chinesas como ‘recalque’ e ‘inveja’. Sobretudo por conta do lifestyle exibido diariamente nas redes sociais das bonitas. Isso porque Instagram, Facebook e Twitter são proibidos por lá. Imagina se fossem liberados…
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