Esqueça o ‘cansaço ofegante’ que histórias relacionadas a jogos de xadrez normalmente causam no público. “O Gambito da Rainha”(The Queen’s Gambit, Estados Unidos, 2020), minissérie top five da Netflix em outubro promete altos índices de emoção, reviravoltas e… REFLEXÃO. Ou seja, elementos que a gente admira e recomenda em uma produção televisiva.
E tudo isso tem de sobra na jornada de Beth Harmon (Anya Taylor‑Joy), a protagonista que nos encanta logo nas primeiras cenas. Levada para um orfanato após uma tragédia familiar, a pequena Beth, então com apenas 11 anos, descobrirá a paixão pelo xadrez, além de se deparar com verdades sobre si mesma (atente-se, neste momento, para a amizade que surgirá entre ela e Jolene (Moses Ingram).
Entrecortada por flashbacks que ajudam o telespectador a compreender os principais fatos da história, a série “O Gambito da Rainha”, em sua jogada mais emocionante, é um excelente exemplo de como a sociedade se comporta em relação ao sucesso feminino. E olha que a história acontece na década de 1960, bem em meio às colisões políticas entre EUA e a ex-União Soviética.
Outros elementos que também nos colocam em ‘xeque-mate’ diante dos sete e eletrizantes episódios têm a ver com imaginação, respeito às nossas verdades e disposição em driblar as situações dolorosas que, mais cedo ou mais tarde, sempre aparecem em nossas vidas. Em resumo, um ‘jogaço de xadrez’ para todos que têm medo, mas não deixam de encarar o ‘tabuleiro’ do destino. Cotação: 10 rainhas, nove reis, oito peões e sete torres. Todos ‘desmaiados’.
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