Tchau, querido: o radialista goiano Luiz Gama foi afastado da Rádio BandNews na manhã desta segunda (18), de acordo com comunicado emitido à imprensa pela emissora. Gama publicou no Twitter, na semana passada, comentários de cunho racista e homofóbico endereçados ao jornalista Matheus Ribeiro, que apresentou o “Jornal Nacional”, no sábado, dia 9 de novembro.
“Puts! onde o Brasil vai parar? Queimar a rosca agora é moda. Um apresentador de telejornal de qualidade média virou a bola da vez no jornalismo nacional só porque revelou que sua rosquinha está à disposição. A qualidade profissional que se f…”, postou Luiz Gama na rede.
O desrespeito e ‘falta de noção’ do radialista também apareceram em um outro tweet, ambos apagados. “Jair Bolsonaro está corretíssimo ao acabar com o registro na DRT e por acabar com a exigência de diploma para jornalistas. Afinal, tem uma fraquíssima em rede nacional só por causa da cor de pele e outro comunzão fazendo fama só porque avisou que queima a rosca”, referindo-se supostamente à Maju Coutinho. Abaixo, prints dos posts feitos pelo usuário @dougglasandre.
E esse tal de Luiz Gama que fez esses tweets altamente escrotos, atacando dois jornalistas e agora diz que estão querendo armar pra ele!? Cara de pau o nome disso. Foi homofóbico e racista sim, e agora que o processo vem tá cheio de medo. Cadeia nos racistas/homofóbicos! https://t.co/bUnqsV09Eu pic.twitter.com/qkZUhN5juo
— Doug ✨ (@dougglasandre) November 18, 2019
Nem o afastamento, tampouco os posts deletados pelo radialista o pouparão de ser processado por Matheus Ribeiro. Em nota enviada à coluna de Leo Dias, o advogado do jornalista da Globo informou que eles não comentariam a decisão da BandNews, mas repudiavam o teor ofensivo dos comentários.
“A vida particular e opções do Jornalista Matheus Ribeiro dizem respeito, tão somente, a ele próprio. Não é admissível, sob qualquer circunstância e pretexto, agressões gratuitas e vis como as que foram praticadas pelo Radialista Luiz Gama. Não se trata apenas de homofobia, mas de desrespeito ao jornalista, ao ser humano, ao filho, ao neto, ao companheiro. Atos como esse só contribuem para a cultura de desrespeito e violência que permeia nossa sociedade. Lamentamos que em pleno 2019 ainda tenhamos que combater esse tipo de preconceito na imprensa brasileira”.
Sim, acaba 2019, mas não acaba o estoque de gente amargurada nas redes…
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