Sobre o autor

Paulo Becknetter, o Beck, é jornalista. Nos últimos anos, desempenhou a função de colunista de atualidades nos jornais “BOM DIA Rio Preto” (2007 a 2013) e “Diário da Região” (2013/14). Agora, oficialmente na web, o Blog do Beck afina sua vocação para a comunicação diária, alinhando informação digital e bom humor na medida ideal. Para mais posts, siga também @BlogDoBeck no Instagram.

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#CINEMA: Allan Kardec e os ‘superpoderes’ de um herói que não está no gibi

Atualizado em 21 de maio de 2019, 11:57h

Leonardo Medeiros, como Allan Kardec, e Sandra Corveloni, como Amélie Boudet: filme descortina os primeiros fenômenos do Espiritismo. (Fotos: Sony Pictures/Divulgação)

Fui ver a estreia de “Kardec – A História Por Trás Do Nome”. O filme, uma cinebiografia que tem a missão de resumir a vida e a obra de Hippolyte Léon Denizard Rivail, nome real de Allan Kardec, o codificador da Doutrina Espírita, cumpre com sua tarefa.

 

Mas o filme, devo confessar, fica mais compreensível e menos insólito quando se lê a biografia escrita por Marcel Souto Maior, responsável também pela ótima “As Vidas de Chico Xavier” (Editora Leya). Kardec, para você que também acaba de acordar do berço esplêndido em busca de aprimoramento espiritual (sim, estamos juntos nesse desafio), é tipo um herói que não está no gibi.

 

O professor Hippolyte Léon Denizard Rivail: o poder da argumentação em tempos densos e obscuros.

Fosse ele um personagem da Marvel ou da DC Comics, por exemplo, seria bem mais fácil explicar seus ‘superpoderes’ – aí embutidos o dom natural de “duvidar”, “argumentar” e “decifrar” os primeiros e polêmicos fenômenos na órbita do Espiritismo. Trocando por miúdos e a fim de chamar a atenção dos adolescentes e jovens fãs de séries e filmes, Allan Kardec é uma espécie de Professor Xavier, do X-Men, só que real e muito mais aglutinador.

 

A missão de Kardec como codificador da Doutrina Espírita começa na densa e úmida Paris de 1854, quando o então discípulo de Johann Heinrich Pestalozzi ouve falar nas “mesas girantes” – fenômeno que movimentava (literalmente) os salões intelectuais da capital francesa na época. Disposto a desvendar o “mistério”, o professor Rivail descortina o “mundo dos espíritos”, trazendo à luz mensagens, textos e revelações que três anos mais tarde, em 1857, renderiam a primeira edição de “O Livro dos Espíritos”.

 

“Mesas girantes”: fenômeno fez com que Allan Kardec trouxesse à tona a comunicação com os espíritos.

Com fotografia impecável e interpretações majestosas de Leonardo Medeiros (Allan Kardec) e Sandra Corveloni (Amélie-Gabrielle Boudet), além da precisa direção de Wagner de Assis (“Nosso Lar”), “Kardec – A História Por Trás Do Nome”, é ideal para aguçar a curiosidade de quem, como já disse neste post, busca aprimoramento e respostas para questões que transcendem a tríade espiritualidade-ciência-filosofia.

 

Sem mais spoilers para o momento, a cinebiografia pode ser vista na sala Multiplex do Riopreto Shopping, com sessões às 16h, 19h e 21h15. Lembrando que a obra trata de um “herói” que não está no gibi, embora esteja em plataformas muito mais adequadas, como nos principais livros, artigos e domínios relacionados ao estudo e compreensão do Espiritismo. Não sou crítico de cinema, mas deixo aqui cinco estrelas para o filme. Seis, na verdade, se contarmos a que ilumina Kardec…

 

“Na incerteza de como deva proceder com o seu semelhante, em dada circunstância, trate o homem de saber como quereria que com que ele procedessem, em ciscunstância idêntica. Guia mais seguro que a própria consciência nâo lhe podia Deus haver dado”. (O Livro dos Espíritos).

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    Paulo Becknetter, o Beck, é jornalista. Nos últimos anos, desempenhou a função de colunista de atualidades nos jornais "BOM DIA Rio Preto" (2007 a 2013) e "Diário da Região" (2013/14). Agora, oficialmente na web, o Blog do Beck afina sua vocação para a comunicação diária, alinhando informação digital e bom humor na medida ideal. Nas horas de faxina, tratar dos mesmos assuntos com Berenice Du Lar, a interina e eterna Garota da Laje de Ipanema. Aceita, brazeeel!

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