Estamos a 5 dias do segundo turno do Outono e a sensação térmica é uma só: 40° graus de pura fake news. É tanta notícia falsa escoando pelo ralo das redes sociais que já não é mais possível saber o que é joio e o que é trigo na timeline, pode reparar. Isso porque muitos sites e aplicativos incorporaram aos seus mecanismos soluções que ‘seriam’ eficazes no combate a essa praga.
Não deu certo. As ‘tias’ e ‘tios’ dos grupos de família do WhatsApp são mais velozes e furiosos. Depois dos usuários mal intencionados, que divulgam notícias equivocadas com o claro propósito de confundir e complicar os menos atentos, pesquisas indicam que membros dos grupos familiares são os segundos maiores propagadores de fake news do planeta. E não adianta brigar: poucos ‘tios’, ‘tias’ e ‘pais’ checam a natureza das informações antes de propagá-las. Pausa para um Rivotril sublingual.
Sim, é um drama! E ele existe beeeeeeeeeeeeem antes das eleições. Se você ‘rebobinar a fita’ dos grupos de família no Whats, por exemplo, irá notar que muitos dos membros que almoçam com você aos domingos e feriados também são responsáveis pela disseminação de absurdos como o “Apocalipse Maia Reloaded”, a “Volta de Jesus em 2020”, as correntes de oração em prol dos coelhos albinos do Leste Europeu e por aí vai…
Ou seja, o fenômeno é tão antigo quanto nossa bibibisavó lá do Paleozoico. Portanto, não será nesse Outono que conseguiremos exterminar as fake news, infelizmente. Mas podemos, é claro, alertar diariamente tias, tios e pais sobre a importância de se verificar a fonte das notícias. E, mais importante, avisá-los que não podem ficar compartilhando bobagens a esmo. Sobretudo porque muitos o fazem na maior inocência, sem se dar conta dos absurdos que disseminam. P.S.: Na dúvida, quando você reparar que algum membro do grupo está “digitando…”, não perca tempo: chama o ser humaninho no particular e pede pra parar. Na hora! Aceita, brazeeel!
Sem comentários