Olar, brazeeel! Não gostaríamos, mas precisamos falar sobre a entrevista de Jair Bolsonaro para o “Roda Viva”, da TV Cultura, que foi ao ar nesta segunda (30), enquanto muita gente orava para que a chuva caísse.
[Pausa para uma inalação no saco].
Muito que bem, o deputado militar foi o entrevistado da vez pelo programa e, como já imaginávamos, sua participação segue rendendo críticas, elogios, aplausos e pânico na timeline – não necessariamente nesta ordem, porque o Facebook sempre mostra o que ele quer e quando quer.
Em linhas gerais, o pré-candidato do PSL à Presidência da República se mostrou bem avonts na cadeira giratória (ou seja, estava bem à vontade, como um águia à espreita da presa). Entre uma pergunta e outra, afirmou que não abrirá os arquivos da ditadura caso seja eleito e ‘recomendou’ que o assunto seja para sempre deletado da memória do brasileiro.
[Pausa para um Rivotril sublingual].
Bolsonaro também fez questão de agradecer a Eduardo Cunha pelo apoio do então presidente da Câmara ao voto impresso, acrescentando que ‘sente muito’ por não ter passado mais tempo ao seu lado. Sobre sua postura homofóbica, o deputado negou que não goste de gay ou que seja misógino, salientando que suas frases classificadas como preconceituosas foram ditas em “tom de brincadeira”.
[Pabllo Vittar não curtiu este comentário].
Nas redes sociais dos rio-pretenses, uma maioria seguida pelo blog se mostrou bem favorável a Bolsonaro, apoiando suas ideias e ‘performance’ durante a entrevista. Muita gente, inclusive, classificou o comportamento do deputado diante da sabatina como “louvável”, vaticinando um “já ganhou no primeiro turno”.
Com o aparelho de inalação em uma mão e a outra no coração, terminamos de ver a entrevista com altos índices de pânico, mas confiantes na máxima do sábio Tiririca: “Pior do que está pode ficar SIM”.
E em agosto tem…
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