Parece episódio de série trash, mas é real: o Instituto Adolfo Lutz divulgou que a variante indiana do coronavírus, chamada de B.1.617, foi identificada em um passageiro brasileiro vindo da… Índia.
O homem, de 32 anos, é de Campos dos Goytacazes RJ), e o diagnóstico foi confirmado e divulgado pelo governo estadual na manhã desta quarta-feira (26). O instituto informou ainda que a cepa foi identificada no passageiro antes de realizar um exame RT-PCR no laboratório do aeroporto.
O mais inacreditável nisso tudo, segundo informações do jornal O Globo, é que o homem viajou para o Rio de Janeiro, onde ficou durante uma noite, em um hotel ao lado do Aeroporto Santos Dumont. No dia seguinte, foi de carro para a cidade onde mora.
Ou seja, o sujeito desembarcou, foi liberado e viajou três dias, saltitando por vários lugares com a variante indiana, considerada mais transmissível do que a forma tradicional do vírus.
Após o episódio, que parece coisa de série televisiva, o governo estadual paulista afirmou que só foi notificado pela Anvisa quando o passageiro já havia embarcado em voo doméstico para o Rio de Janeiro.
“O órgão federal informou à pasta estadual sobre o caso positivo quando o passageiro já havia embarcado em voo doméstico para o Rio de Janeiro. A amostra positiva foi enviada ao Lutz, e o sequenciamento finalizado nesta quarta-feira”, afirmou a Secretaria da Saúde de São Paulo.
Com a confirmação do caso em São Paulo, subiu para sete o número de pessoas contaminadas pela variante indiana no país. Os outros seis casos envolvem tripulantes de um navio atracado no litoral do Maranhão.
Em nota, a Anvisa informa que, ao passar pelos controles da Anvisa no aeroporto de Guarulhos, o passageiro apresentou exame PCR negativo realizado nas últimas 72 horas e não apresentava sintomas. A secretaria acrescentou que iniciou as medidas de vigilância epidemiológicas necessárias junto aos municípios imediatamente após ser comunicada pela Anvisa.
“Foi solicitada a lista completa dos passageiros do voo, além dos nomes de todos os funcionários do aeroporto, laboratório e dos contatos do passageiro para isolamento e monitoramento. As equipes de vigilância do Rio de Janeiro também foram imediatamente notificadas para o acompanhamento do caso”, afirmou o órgão.
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