
Catriona Gray, Miss Filipinas, é coroada Miss Universo 2018 em uma das disputas mais políticas da história do concurso (Fotos: Prints/TV Band)
Olar, brazeeel! Como venho dizendo há meses por aqui, acaba 2018, mas não acaba a capacidade do ser humano em fomentar discussões, polêmicas e mimimi nas redes e rodas sociais. Até o Miss Universo entrou nesse baile da chapinha doida.
Realizado na madrugada desta segunda (17), em Bangkok, na Tailândia, o concurso viralizou na internet por trazer à tona questões políticas que Saint-Exupéry, o escritor das misses, esqueceu de abordar em “O Pequeno Príncipe”. Significa? Respostas confusas e muito carão para perguntas que dariam ótimos temas de redação do ENEM.
Sim, foi um festival de inglês misturado com espanhol, francês e vietnamita que só por Deus… (e um Deus beeeem poliglota, de preferência!).

Terceira colocada na disputa, Miss Venezuela, Stephany Gutierrez, responde pergunta sobre “lição de vida”…
Tudo isso para dar a coroa à Miss Filipinas, Catriona Gray, uma morena de 24 anos previamente apontada como vencedora antes mesmo de a disputa ir ao ar. Ou seja, política de ocasião, truques de bastidores e mais perguntas com respostas erradas.
Nessa toada de ‘candidata cotada’, quem se deu mal foi a Miss Brasil, a amazonense Mayra Dias. Classificada para o top 20, a cunhã poranga foi eliminada logo após ter de deixar uma “mensagem que melhor a definisse” para os milhões de telespectadores.
Em um inglês ensaiado e coração na boca, a moça reverenciou a Amazônia e a importância de se preservar a maior floresta do mundo. Não avançou para o top 10. Mas a Miss Estados Unidos, Sarah Rose Summers, acusada de xenofobia nos bastidores, também não conseguiu avançar. Então a internet sossegou.

Mayra Dias defende a preservação da Amazônia durante discurso de 15 segundos: deixe sua mensagem para o mundo.
A 67ª edição do Miss Universo também contou a participação de uma candidata transexual. Angela Ponce, da Espanha, não ficou entre as semifinalistas, mas recebeu homenagem durante o concurso e foi aplaudida de pé pelo público.

A espanhola Angela Ponce: fora da semifinal, mas ovacionada de pé.
Tudo isso para dizer que política já não é mais uma questão separatista apenas em grupos de família ou no feed do Facebook. A coisa toda segue nervosa, pautando os mais variados tipos de situações e eventos. Pode reparar. Nesse ritmo de discussões pontuais, miss que quiser voltar pra casa com coroa vai ter que fazer a lição de casa. E muito bem feita.

A americana Sarah Rose Summers: comentários xenófobos e fama de antipática: perdeu.
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